Programação do 63º seminário do GEL

Nesta apresentação, meu objetivo é caracterizar o conceito de tarefas que avaliam habilidades de maneira integrada em exames de desempenho.  A partir de aspectos importantes sobre esse conceito levantados a partir de uma revisão da  literatura, apresento uma análise de tarefas que integram leitura e escrita em dois exames de língua materna (provas de redação do ENEM e do vestibular da Unicamp) para entender melhor esse construto e mostrar, além disso,  como tem sido o entendimento desse construto por professores que preparam examinandos para esses exames. A avaliação baseada em tarefas que integram habilidades (leitura e escrita; compreensão oral e escrita; leitura, compreensão oral e escria e suas variações) tem sido incluída em alguns exames de proficiência em língua estrangeira internacionais, como, por exemplo, no TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e, desde 1998, no Celpe-Bras (Certificado de Proficiência em Português como  Língua Estrangeira). Em língua materna, essa integração, embora não enfatizada, já fazia parte da proposta inicial da prova de redação do vestibular da Unicamp em 1987, na medida em que incluía uma coletânea como base para o desenvolvimento da dissertação. A avaliação também da leitura nessa prova de redação passou a ser mais enfatizada, entretanto, a partir de 2004, mas, especialmente, a partir de 2012, com a introdução de tarefas de leitura e escrita baseada em gêneros diversos. NO ENEM, a coletânea também aparece como base para o desenvolvimento da dissertação. A justificativa para avaliar habilidades de maneira integrada é, segundo seus proponentes, fazer com que exames as tarefas em exames se assemelhem cada vez mais às situações de uso da língua -- em que as habilidades geralmente se apresentam de forma integrada - para que as inferências sobre o desempenho dos avaliados a partir desses exames possam ser mais adequadas, válidas e confiáveis. Implicações para a formação do professor são abordadas.