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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: EPÊNTESE VOCÁLICA EM ENCONTROS CONSONANTAIS POR FALANTES BRASILEIROS DE INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
Autor(es): Geisibel Cristina Andrade Nascimento. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Epntese, Fonologia, Lngua Inglesa
Resumo

Este trabalho tem por objetivo analisar a inserção de vogal epentética em encontros consonantais na pronúncia da língua inglesa por aprendizes brasileiros. A questão trabalhada nesta pesquisa se refere à dificuldade que os alunos de língua inglesa apresentam em produzir os sons consonantais, especialmente aqueles que não fazem parte do sistema fonológico de sua língua materna, o português brasileiro, ou que não são usados da mesma forma. Como corpus, foram utilizadas palavras que possuem, em posição de onset e/ou coda, segmentos ou sequências de segmentos diferentes daqueles encontrados no português brasileiro com o intuito de verificar como os aprendizes de inglês os produziriam. Foram selecionadas 46 palavras que foram retiradas do Longman Comunication 3000, uma lista das 3.000 palavras mais utilizadas em inglês. Pediu-se a 30 informantes, estudantes de inglês de diferentes níveis de proficiência (básico, intermediário e avançado), que lessem as palavras selecionadas em voz alta. A leitura foi gravada, e a partir das gravações foram feitas transcrições fonéticas da realização dos informantes para cada palavra. A partir dessas transcrições, foi possível fazer uma análise a respeito das produções de cada informante. Foi feita uma análise estatística para verificar a frequência da utilização da inserção de vogal epentética na correção das estruturas da língua inglesa não familiares ao aprendiz, ou seja, diferentes daquelas com as quais ele já está familiarizado, que fazem parte da sua língua materna. Em seguida, os dados foram analisados considerando a Teoria da Otimalidade para verificar como as restrições se comportam na aprendizagem de uma língua estrangeira. Constatou-se que a inserção da vogal epentética é uma estratégia frequentemente utilizada na pronúncia de palavras do inglês que possuem segmentos e/ou sequências de segmentos em onset e/ou coda diferentes daqueles encontrados no português brasileiro. Entretanto, não é a única. A palatalização das oclusivas /t/ e /d/ também foi amplamente verificada, assim como a aspiração das oclusivas /p/, /t/ e /k/. Considerando a Teoria da Otimalidade, verificou-se que as restrições consideradas (inicialmente as restrições ligadas à língua materna) pelo aprendiz se movimentam durante o processo de aprendizagem de uma nova língua. As restrições de marcação que inicialmente proíbem a produção de determinado segmento em determinada posição são demovidas em favor das restrições de fidelidade, o que possibilita a pronúncia dos novos segmentos e/ou sequências.