logo

Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Contribuição da análise de línguas africanas para a discussão da semântica dos sintagmas nominais: comparação preliminar entre PB, inglês, crioulo da Guiné Bissau e manjaco.
Autor(es): Lidia Lima da Silva, Nize Paraguassu Martins. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Nominais nus, Lnguas africanas, Semntica
Resumo

Este trabalho investiga a semântica dos sintagmas nominais. Assumindo que é possível encontrar vários sistemas de sintagmas nominais (cf. PIRES DE OLIVEIRA; MEZZARI, 2012), de modo mais específico, o nosso objetivo é,  a partir de uma comparação entre inglês, português do Brasil (PB), o crioulo de Guiné-Bissau e o Manjaco (uma das 22 línguas faladas na Guiné Bissau, na costa ocidental da África), descrever o comportamento sintático e semântico de nominais nus e a distinção contável- massivo através de diferentes línguas. Em inglês, há flexão de número (marcação morfológica) e plural nu. Segundo Chierchia (1998), o plural nu em inglês denota espécie. Em PB, há flexão de número, plural nu e nome nu sem número. Segundo Müller (2002), Schmitt e Munn (2005) e Pires de Oliveira e Hotsthein (2010), o plural nu em PB pode denotar espécies. No entanto, não há consenso sobre a denotação do nome nu sem número. Há autores que entendem que ele denota espécie (Schmitt & Munn, 2005); outros que o veem como um indefinido (Müller, 2002).  Neste trabalho, não entraremos no mérito dessa questão. Para alcançar nosso objetivo, buscaremos descrever o comportamento semântico dos sintagmas nominais em crioulo e manjaco a partir das descrições semânticas dos sintagmas nominais do inglês e do PB. Em crioulo, segundo Kihm (2012), há nomes nus sem número, apenas. Em manjaco há flexão de número apenas quando o nome tem o traço [+ animado] e há nome nus sem número. A partir de uma comparação inicial, a hipótese que defendemos é a de que o nome nu sem número em manjaco pode denotar indefinido genérico (cf. Muller 2004). Este trabalho, a partir da relação estabelecida entre diferentes línguas, se caracteriza como uma discussão preliminar a respeito da semântica de número dos sintagmas nominais em crioulo e manjaco e está inserido na perspectiva de estudos da semântica formal.