logo

Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Epitáfio para o século XX: uma análise estilo-discursiva
Autor(es): Carlos Luiz Alves. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave estilstica, anlise do discurso, dialogismo
Resumo

O presente trabalho analisa o poema intitulado “Epitáfio para o Século XX” de Affonso Romano de Sant’Anna sob a perspectiva dos pressupostos teóricos bakhtinianos tendo em vista os três elementos que configuram o gênero textual: o tema, o estilo e a estrutura composicional. Sobre o tema, reportaremos às categorias da focalização e de referenciação, que se destacam na textura do gênero; sobre o estilo, procuraremos desenvolver uma análise  destacando-se as vozes, os aspectos fonéticos, sintáticos e semânticos presentes. Sobre a estrutura composicional trataremos da hibridização e dos  seus efeitos estéticos na construção de sentido. Além de destacarmos esses elementos indispensáveis não deixaremos de citar o discurso e o dialogismo presentes que permitem ao leitor ou interlocutor inferir novos sentidos numa perspectiva responsiva e dialógica proposta por Bakhtin e seu Círculo. Sobre o autor, não podemos deixar de citar seus méritos; sobre o poema, acreditamos ser relevante uma investigação, pois trata-se de uma obra que permite aos leitores fazerem uma releitura do que foi ou do que significou o século passado e assim inferir do que pode se tornar o século vigente e desta forma contribuir   com ações e ou posturas mais adequadas para avaliar e até   mesmo de estarmos mais preparados para os grandes desafios que este novo século nos oferece. Desta forma, mais do que uma análise estilística, propomos uma análise discursiva tendo como base os aspectos lexicais, sintáticos e semânticos do texto. A palavra “epitáfio” vem do grego e significa “sobre o túmulo”. Trata-se de um gênero do discurso que tem por objetivo grafar frases que revelam a vida daquele que está sob uma lápide. Nesta, familiares ou pessoas glorificam os feitos em vida daquele que já descansa na mansão dos mortos. Como estrutura de um gênero já antigo, o epitáfio traz como mote a expressão “Aqui jaz”, paralelismo bastante presente em várias de suas estrofes e que merecem ser melhor analisados.