Resumo |
Este simpósio tem como objetivo discutir como os discursos de diferentes veículos midiáticos, dentro de suas condições de produção específicas, constroem narrativas que produzem representações sobre o sujeito e o outro, forjando modos de subjetivação no mundo contemporâneo. O trabalho abarca contribuições de pesquisadores que se filiam aos estudos do discurso, os quais utilizam para o desenvolvimento de suas análises de caráter interpretativo o confronto entre materialidade linguística e o contexto histórico social em que o discurso é produzido. Dessa forma, temos primeiramente a discussão sobre representações de manifestantes nas passeatas de junho de 2013 e de que forma tais representações que emergem do discurso jornalístico tradicional e alternativo atribuem significados aos manifestantes e suas ações, contribuindo para a constituição de uma memória discursiva. A seguir, apresentamos uma reflexão sobre a autoria no mundo digital, enfocando a rede social Anonymous Brasil, também servindo-nos de material discursivo das manifestações de junho de 2013. Avançamos, então, para a discussão da construção de sentidos forjados pelo discurso da mídia impressa, trazendo como material de análise também recortes do discurso jornalístico sobre manifestações, mas, desta vez, referentes a 15 de março de 2015, sentidos esses que são marcados pela posição discursiva que o leitor ocupa em relação à informação e ao veículo midiático. Passamos, então, para o estudo das representações do morador de rua, sujeito constituído também no caos da pós-modernidade, em que esse sujeito fala de si e do outro, por intermédio do registro memorial no YouTube, buscando a relação que se constrói entre um espaço “dentro-fora” no e do sujeito. Finalmente, concluímos nossa reflexão sobre a construção da subjetividade na contemporaneidade, movendo-nos para o espaço discursivo da educação, trabalhando com representações que se constroem em comunidades virtuais de aprendizagem de língua, discurso esse que mescla processos de objetificação do sujeito e da educação a processos de constituição do sujeito no mundo virtual, que o remetem, ao mesmo tempo, à hiperindividualidade e à solidariedade.
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